sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Depuração



Muitas vezes já morri nesta vida.
Muitos corpos já enterrei, dentro de mim.
E sempre renasci, do próprio sangue,
das cinzas e dos véus das mortalhas,
num outro eu, a cada morte revigorado.



poema escrito em 2009-04-04
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2 comentários:

Karinna* disse...

*De quantos ciclos e quantas esferas somos e já fomos. De quantas mortes já lapidamos nosso Eu.
Vivo num estado de inanição crônica, até já escrevi sobre isso, como se morresse um pouco a cada poema.
Teu desfecho espetacular me faz falta nesse momento que vivo, em frágil saúde, enquanto me fortifico na utopia.
Contudo, esse outro eu, talvez seja o mesmo, revigorado...
Divaguei... ler-te é exercício para minha alma.
Beijo-te com admiração
Karinna*

Anónimo disse...

Costumo passar e ler este tipo de poesia onde o sol parece ter-se ocultado. Depis canso-me de sofrer... até à outra viagem.
Não se é só isto...não se pode ser só isto, ou de nada valeu ter-se vivido e amado, porque somos também luz que esconde a escuridão.
Até sempre, porém.

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