Rodas dentadas
giram em agonia
aprisionadas a um eixo imaginário,
como ponteiros de relógio
num ruminar lento
à volta do tempo.
Rodas dentadas,
batendo umas nas outras,
incapazes de se libertarem
do próprio movimento gerado,
perpétua dor que arrastam,
num estranho chiar enferrujado
seguindo o escoar do tempo.
poema escrito em 2008-03-08
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