quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A caminho da Escola
Subitamente, perdi-me numa curva do caminho,
confundido pela sombra cega dos becos
e o empedrado corroído da memória.
Sem saber como, nem porquê,
vejo-me de novo de bata branca lavada
e mochila apinhada de livros, às costas,
nos caminhos primários que me levam à escola.
Um remoinho de ventania e poeira
atira-me para próximo da casa de partida,
como um peão castigado pelos dados
numa estranha reprise do jogo da glória,
devolvendo-me tudo o que estava adormecido,
excepto, a luz das manhãs que já não existem
e o sorriso inocente do meu rosto de criança.
poema escrito em 2010-08-28
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Se puderes, deixa uma mensagem.
Abraço. Volta sempre.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.