domingo, 30 de outubro de 2016
O circo está de partida
chegou a hora do circo partir
apagam-se todas as luzes
enrola-se a tenda grande
a magia está de novo suspensa
o domador recolhe as feras
o palhaço desfaz a maquilhagem
os sonhos da bailarina adormecem
nos braços do ilusionista
o dono do circo faz o último balanço
projeta num trapézio sem rede
as luzes da próxima cidade
o clamor das multidões adiadas
os veículos põem-se em marcha
a caravana parte em silêncio
e o que fica para trás é só poeira
ninguém se veio despedir
o resto da noite
é devorado pela vertigem do asfalto
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2 comentários:
Runa, oi,
teu poema, tal qual, a figura alegórica do palhaço, traz em si, algo de sublimidade, que nos encanta e nos aproxima dos nossos sonhos.
Abraço-te.
Flor
Matando a sds daqui..Estou reativando meu blog..
Um abraço de Sol
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