segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lunáticos



nos jardins de chuva branca
poças de água estagnada
dão as mãos e digerem o vazio
com as asas a arrastar pelo chão

estilhaços dispersos de lucidez

lufada de bronze cuspida na cara

alucinante delírio de embarcações
encalhadas nas margens do rio


e três metros de solidão
num varal de cinzas, estendidos ao vento






poema escrito em 2010-07-30
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3 comentários:

alma disse...

Runa,

nos estendal da lucidez, a loucura que nos estagnam.

bj
Eduarda

Neusa Santos disse...

Adorei os dois últimos versos, assim como o poema todo.
O que devo dizer? parabéns?
É pouco.
Nem sei o que dizer.
Beijos poeta
Neusa

Reinadi Sampaio disse...

Que dizer diante da tua poesia?
Que dizer diante da forma como dizes!?
Palavras faltam-me, sempre, pois tua poesia é algo que para mim, mesmo sendo poeta, deixa-me perplexa diante de como as palavras jorram da tua alma e, nos deixam mudos... é simplesmente maravilhosa, tua forma de expor os sentimentos.
Mais uma vez, um brinde à eternidade dos teus versos, meu amigo!
Um grande abraço fraterno.
Reinadi.

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