sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Maré negra



Do outro lado da margem,
onde o sol é apenas miragem,
negros pássaros sem asas
vasculham nas areias escassas
alguma réstia de fé
nos
despojos imundos da maré.

Do outro lado da margem,
no seio vago da voragem,
pequenos fantasmas desvalidos,
estendendo os braços caídos,
buscam no lodo do baixio
seus sonhos afogados no rio.


poema escrito em 2008-02-24
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4 comentários:

Anónimo disse...

Contundente e bela poesia...



Bjo.

FlorAlpina disse...

Olá Runa,
Esperam uma maré de sorte...

Bjs dos Alpes

Anónimo disse...

Runa,


Vim agradecer o carinho
de suas palavras ... :)



Bjo.

Anónimo disse...

Runa,

desgraça de uns
desgraça de outros

a desgraça de um mundo capitalista

abraço

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