sábado, 26 de fevereiro de 2011

Canção de escravos


Em redor do néon das fogueiras
uma roda de escravos petrificados
entoa os cânticos sombrios
de uma dor antiga e profunda

Num estranho dialecto de cinzas
voltando o rosto para o poente
sacodem a poalha das feridas
numa dança de sonhos acorrentados

implorando a clemência dos deuses

.
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7 comentários:

Kaline disse...

Que profundo!! E muito bem escrito!

beijos

Anónimo disse...

Forte imagem a que as palavras produzem
"Uma dor antiga e profunda" que parece alongar-se no tempo.
"Sonhos acorrentados" "poentes"
E os deuses alheios...

M.G.

Daniele Dallavecchia disse...

Assim andam os meus sonhos: acorrentados! Lindo poema, amigo Runa. Parabéns!

beijos e um lindo domingo!

Sandra Subtil disse...

Muito bom!
E pena que esta dor profunda ainda seja real nos tempos que correm.

Alicia disse...

ótimo.
seguindo.

Mara Santos disse...

Olá!
Imagem e texto impactantes.....gostei.
Beijo e o desejo de uma excelente semana.
Com carinho,
Mara

AFRICA EM POESIA disse...

LINDO Mas isto já devia ter acabado ..
Um beijo e poesia


POESIA


A poesia
É magia
Magia linda
Sem idade...
Sem rosto...
Sem cor...

E todos os dias...
O poeta pode olhar...
Pode ver à sua volta...
E fazer dum pequeno nada...
Um mundo diferente...

E fá-lo muitas vezes...
Com loucura...
Porque o poeta...
Põe no papel o melhor de si...
Escreve... sonha... e faz magia...

E pobre daquele...
Que não põe poesia
Naquilo que faz...
E que nem sequer...
Consegue sonhar!...


LILI LARANJO

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