sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Infância adiada



as crianças sentam-se no banco
onde não tem jardim
a brincar com o verde
onde não corre a esperança
na manhã que desperta
onde não brilha o sol
num lugar de encruzilhadas
onde não existem caminhos
num sonho de asas inchadas

onde já não há crianças


____________________________________________
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18 comentários:

Maria Emilia Moreira disse...

Boa noite!
Gostei da forma como " construiu" um poema tão belo sobre uma realidade tão triste.
Um abraço. Maria Emília

Reinadi Sampaio disse...

Runa, oi,
Fico aqui em silêncio, lendo teu poema, vendo esta imagem...que,
Reduz-nos em frações de segundos
À impotência de simples mortais
Esmaga-nos a moral e cilindra qualquer reação
Deixa simplesmente um valor residual
Um trauma...
Um hematoma...
Uma profunda lesão na vontade de viver
E fere no âmago a vontade de viver em sociedade
E por muito que nos questionemos... Por que,
Nada alivia a angústia...
A frustração...
A impotência...
A loucura... De um momento único...
Porque quando se fere uma alma...
As conseqüências são tão profundas...
Seu efeito
Traumatiza-nos cada vez mais...
Cada vez mais intensamente
E cada vez mais profundamente...

Te abraço.
Flor.

MARILENE disse...

E deixa de existir sua criança interior, perdida na invisibilidade de sua dor.
Você é sempre especial nessas colocações.

Bjs.

Flor de Jasmim disse...

Runa meu amigo

Forte e comovente demais!

Também eu não tive nem infância nem adolescência.

Bom fim de semana

Beijinho e uma flor

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido amigo

Um poema muito belo para uma realidade muito triste...mas infelizmente está presente.


Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

Rô... disse...

oi meu amigo,

dura realidade que descreveu
lindamente...
todos tem o direito de viver todas as fases da vida com dignidade,
pena que os fatos reais sao outros...

beijinhos

mfc disse...

Onde já não há sonho... onde já não há esperança!

Elís Cândido disse...

Nossas crianças estão crescendo sem infância. Sem a doçura e a proteção que a infância deve ter. estão virando pequenos seres, não "adultos" precoces, mas outros seres, "adulterados" pelas circunstâncias desta vida cruel e miserável...
Abraços, amigo.

Letras estelares disse...

belo e tenso poema. Deixa uma atmosfera depois de ler.
Gostei muito.
Grande abraço.

Ani Braga disse...

Bom dia Runa querido


Muita coisa se perde e quando o que falta é amor.

Beijos e um domingo maravilhoso pra você.
Ani

Odete disse...

Que poema tão intenso e real!...
Adorei e vou partilhar, posso?
Abraço,
Odete

Sol disse...

profundo e verdadeiro..

bjs.Sol

Caio Fazolato disse...

Saudações Runa !!! Poetas como você são importantíssimos , somos porta voz de uma multidão. Representamos aqueles que necessitam de uma voz a ser gritada por eles .Eu te agradeço pela relevância e grandiosidade do seu modo de escrever . Talento e energia positiva não falta a ti .

P.S: há muito tempo queria conhecer seu blogger e através da Patrícia Pinna tive essa chance de constatar o seu poder poético. Obrigado Runa !!
abraços

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Em tão poucas palavras,em tão bela poesia,
foi mostrada a realidade, de uma infância
abandonada, sem vislumbrar um amanhã...

Que ironia: o encontro da beleza e da crueza,
num poema que denuncia a destruição da infância.

Um beijo, Runa,
da Lúcia

Juliana Lira disse...

Triste realidade.

Mas o post ficou muito bonito.É bom pra nos faz pensar e mais que pensar,é bom pra nos fazer agir.

Milhoes de beijos

OutrosEncantos disse...

não há, no tempo certo!
um dia [que alguns ousam dizer que é tarde], há uma saudade que não se entende, e a criança adormecida desperta, mas há sempre uma mão "caridosa" a não permitir. porque será?
um beijo.

Vera Celms disse...

TRiste realidde de pobres crianças... sentam0se no banco de onde não há jardim... vivem uma vida onde não há alma... só existem...
Denso teu poema... cruel na sua realidade. Beijo franco de VC

Vera Celms disse...

TRiste realidde de pobres crianças... sentam0se no banco de onde não há jardim... vivem uma vida onde não há alma... só existem...
Denso teu poema... cruel na sua realidade. Beijo franco de VC

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