no coração ainda assobiam sinos
contrariando negras profecias
que o davam já como defunto
o sangue não estagnou de todo
no caudal que as veias transportam
até aos lugares inauditos
onde os barcos vão desencalhar
o outono não aniquilou a esperança
nem fechou as portadas do templo
rodas invisíveis continuam a girar
alimentando a chama entorpecida
apesar do frio que se faz sentir
o amor há de achar outro caminho
o amor acha sempre uma saída
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2 comentários:
Nunca o tempo se enganou tanto. Outono está aí, sempre a se renovar nos caminhos, a cada novo girar das rodas do tempo.
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