Um balouço rangeu toda a noite
o queixume da madeira encharcada
como uma oração que o vento rumina
com os lábios gretados pela insónia.
Tolhidos pelo desamparo da sede
com que a chuva ameaça o futuro
sombras esguias sentam-se ao luar
à espera daquilo que nunca regressa.
Varando os trilhos da memória.
Buscando no fumo e no bojo do frio
um atalho para medir a ausência de Deus.
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4 comentários:
a espera do regresso é a alma da ausência de si mesmo..
bjs.Sol
saudade de vc no parole
oi Runa,
Deus só se ausenta,
quando não conseguimos acreditar Nele...
aí,a espera é inútil...
beijinhos
Olá!!!, Deus te abençoe, Deus nunca esta ausente e sim bem presente nós que estamos distante dele, o seu blog é maravilhoso continue assim, S-U-C-E-S-S-O
Já estou te seguindo, aguardo a retribuição.
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Para além dessa noite
Lá, para além dessa noite,
que não mais se fará presente
teus lábios ressequidos
quais areias do deserto
sentiram a sede.
A chuva veio
trouxe de volta
as madressilvas.
As fumaças dissiparam
já não precisas mais do alento do cigarro
devorado na varanda.
Teu olhar reflete do luar
a luz dos dias vindouros.
O seio que te acalentou
em um abraço te conforta.
No teu existir
tua fé é infinita
“Um atalho para medir a ausência de Deus”,
Inexiste.
Passarinho de primavera
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