O pintor desenhava na tela
intricados dédalos
onde vagueava pelas tardes
à procura de um caminho.
Um norte qualquer
para uma ponte que não existia.
Até a paisagem se toldar
num crepúsculo adiado
e os traços difusos do pincel
lhe devolverem as cores densas
de um grito
tolhido no frio da boca.
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7 comentários:
oi Runa,
os nossos sentimentos,
muitas vezes precisam ser libertados,
mesmo que seja através dos gritos...
liberdade!!!
beijinhos
Runa,
quer sejam em gritos, quer sejam em sussurros, tuas palavras causam, sempre, tsunamis em mim e aqui do outro lado do oceano, mesmo sem pontes, deténs meu olhar em delírio, qual esse “Grito”, que ainda reverbera por todo universo, diante da força com o que o artista o retratou nos traços fortes das suas pinceladas.
Poeta, tela errada!
Acontece a todos... as ilusões e desilusões são constantes.
São raros, muito raros os seres verdadeiros e muitas vezes quando se cruzam no nosso caminho não temos a inteligência suficiente para sentir a sua aura.
Depois, resta-nos relembrar quantos disparates temos feito na nossa vida e quantos ainda iremos fazer...
Abraço e aprenda, não repita os erros.
Nunca se repete um erro, podemos fazer mais, mas Nunca repetir o mesmo!
Boa noite, Runa. Tenho saudades de você. Fiquei meses sem hd e estou retornando agora, mas isso não justifica a minha ausência anterior.
Adoro o que você escreve, tão belo e forte.
Esse teu poema revela pra mim uma alma perdida, que precisa encontrar-se, libertar-se de todos os males que alguém causou a ela ou ela própria permitiu certos malefícios a si mesma.
Gritar, soltar a voz, é um caminho de libertação.
Sei que o grito alivia, retira muito da tensão, eu mesma já provei desse remédio e funcionou.
Tenha um excelente fim de semana e fique na paz!
Beijos na alma.
Boa noite, Runa. Passando para ver se havia postagem e te desejar um excelente fim de semana!
Que a sua alma esteja em paz, a mesma paz que eu tanto clamo.
Beijos na alma!
Uma escrita tão sofrida!
sempre épica tua escrita.
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