as crianças sentam-se no banco
onde não tem jardim
a brincar com o verde
onde não corre a esperança
na manhã que desperta
onde não brilha o sol
num lugar de encruzilhadas
onde não existem caminhos
num sonho de asas inchadas
onde já não há crianças
____________________________________________
18 comentários:
Boa noite!
Gostei da forma como " construiu" um poema tão belo sobre uma realidade tão triste.
Um abraço. Maria Emília
Runa, oi,
Fico aqui em silêncio, lendo teu poema, vendo esta imagem...que,
Reduz-nos em frações de segundos
À impotência de simples mortais
Esmaga-nos a moral e cilindra qualquer reação
Deixa simplesmente um valor residual
Um trauma...
Um hematoma...
Uma profunda lesão na vontade de viver
E fere no âmago a vontade de viver em sociedade
E por muito que nos questionemos... Por que,
Nada alivia a angústia...
A frustração...
A impotência...
A loucura... De um momento único...
Porque quando se fere uma alma...
As conseqüências são tão profundas...
Seu efeito
Traumatiza-nos cada vez mais...
Cada vez mais intensamente
E cada vez mais profundamente...
Te abraço.
Flor.
E deixa de existir sua criança interior, perdida na invisibilidade de sua dor.
Você é sempre especial nessas colocações.
Bjs.
Runa meu amigo
Forte e comovente demais!
Também eu não tive nem infância nem adolescência.
Bom fim de semana
Beijinho e uma flor
Meu querido amigo
Um poema muito belo para uma realidade muito triste...mas infelizmente está presente.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
oi meu amigo,
dura realidade que descreveu
lindamente...
todos tem o direito de viver todas as fases da vida com dignidade,
pena que os fatos reais sao outros...
beijinhos
Onde já não há sonho... onde já não há esperança!
Nossas crianças estão crescendo sem infância. Sem a doçura e a proteção que a infância deve ter. estão virando pequenos seres, não "adultos" precoces, mas outros seres, "adulterados" pelas circunstâncias desta vida cruel e miserável...
Abraços, amigo.
belo e tenso poema. Deixa uma atmosfera depois de ler.
Gostei muito.
Grande abraço.
Bom dia Runa querido
Muita coisa se perde e quando o que falta é amor.
Beijos e um domingo maravilhoso pra você.
Ani
Que poema tão intenso e real!...
Adorei e vou partilhar, posso?
Abraço,
Odete
profundo e verdadeiro..
bjs.Sol
Saudações Runa !!! Poetas como você são importantíssimos , somos porta voz de uma multidão. Representamos aqueles que necessitam de uma voz a ser gritada por eles .Eu te agradeço pela relevância e grandiosidade do seu modo de escrever . Talento e energia positiva não falta a ti .
P.S: há muito tempo queria conhecer seu blogger e através da Patrícia Pinna tive essa chance de constatar o seu poder poético. Obrigado Runa !!
abraços
Em tão poucas palavras,em tão bela poesia,
foi mostrada a realidade, de uma infância
abandonada, sem vislumbrar um amanhã...
Que ironia: o encontro da beleza e da crueza,
num poema que denuncia a destruição da infância.
Um beijo, Runa,
da Lúcia
Triste realidade.
Mas o post ficou muito bonito.É bom pra nos faz pensar e mais que pensar,é bom pra nos fazer agir.
Milhoes de beijos
não há, no tempo certo!
um dia [que alguns ousam dizer que é tarde], há uma saudade que não se entende, e a criança adormecida desperta, mas há sempre uma mão "caridosa" a não permitir. porque será?
um beijo.
TRiste realidde de pobres crianças... sentam0se no banco de onde não há jardim... vivem uma vida onde não há alma... só existem...
Denso teu poema... cruel na sua realidade. Beijo franco de VC
TRiste realidde de pobres crianças... sentam0se no banco de onde não há jardim... vivem uma vida onde não há alma... só existem...
Denso teu poema... cruel na sua realidade. Beijo franco de VC
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Se puderes, deixa uma mensagem.
Abraço. Volta sempre.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.