O poeta agachou-se
sobre a página por escrever
e como por encanto foi arrebatado
para dentro do caderno.
Subitamente viu-se sozinho
num universo estranho
onde tudo era branco e liso
como uma névoa em plena luz do dia.
Nunca se tinha sentido assim
mergulhado numa paz profunda
e reconfortante.
Ao longe
pareceu-lhe ouvir vozes.
Alguém a dizer
que o jantar estava na mesa.
E chamavam pelo seu nome.
Repetidamente
num apelo que não cessava.
Em silêncio arrastou-se
até ao topo da folha
e com o carvão da lapiseira
que lhe manchava a ponta dos dedos
em letras garrafais escreveu:
POR FAVOR…
ALGUÉM PODE FECHAR O CADERNO?
_______________________________________________________
13 comentários:
NARAVILHOSO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!EXCELENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ESPLÊNDIDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!ENCANTAMENTO PURO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Parabéns, amigo poeta!Um dos seus melhores poemas que até então tive o prazer de ler!
Realmente, quando escrevemos,mergulhamos num mundo só nosso, onde a vontade de permanecer é intensa, onde fazemos sintonia conosco mesmos, e desvendamos mistérios da nossa alma, onde não queremos e nem podemos ser interrompidos, pois a nossa criação está em paz, está gerando versos do nosso coração!
Sinceramente?Eu não tenho mais nada a acrescentar, pois o poema na minha opinião diz tudo!
Você foi agraciado com este dom!Parabéns!
Quanto ao comentário que deixastes em "ENCONTRO ALMÁTICO", muito obrigada, fiquei muito feliz, mas te digo que nem sempre as coisas são fáceis, os dilemas existem, e como sou muito sensível e por vezes insegura, não sei o que fazer certas vezes!
Tem horas que a minha alma pede socorro!
Um beijo grande, e fique com DEUS!
excelente semana, e eu ADORO A SUA PRESENÇA E OS SEUS COMENTÁRIOS, QUE ACREDITO SEREM SINCEROS!
Fique sempre à vontade!
Amigo Runa
Como eu entendo o teu sentir!!!
Quantas vezes tenho essa necessidade de um silêncio onde só eu seja a protagonista como se partcipasse de um filme mudo..o meu filme! Por vezes, fecho os olhos e deixo-me ficar num canto onde no interior das minhas pupilas passam as imagens de um sitio onde só eu navego...enfim necessidades que todos temos para poder reflectir sobre nós...ou simplesmente não pensar em nada!
Abraço
Runa meu amigo
Não é dificil compreender este seu sentir, pois eu também necessito muitas vezes do silêncio,por vezes para me encontrar comigo própria. Já publiquei algo sobre isso.
Beijo
Que maravilhosa fuga! E ainda tem tudo em branco,onde pode reescrever uma existência. Que fechem o caderno, não para sempre, mas até que suas linhas estejam todas preenchidas.
Bjs.
Ai meu amigo quantas e quantas vezes me apetecia fechar o caderno...ficar só com o sentir...não falar, não ouvir, ficar parada dentro de mim...saborear o meu eu no silêncio de alguma saudade...distante...
Acho que todos necessitamos disso, mas não queremos admitir... Adorei o teu poema e por momentos fechei o caderno...Beijos com carinho
Boa tarde!
Muitas vezes sinto-me assim....com vontade que "fechem o caderno", "as cortinas do palco da vida". "a gaveta com a chave dentro"...
Gostei muito, magnífico!
Bom te ver de volta, espero que tenhas tido umas boas férias.
Beijo,
Mara
muito bom gostei muito qualquer dia visite o meu blog economiabar.blogspot.com
As tuas palavras, palavras outras me lembraram: reforma, um cantinho, poesias... Silêncio.
Mas, não as esquece na gaveta, ouviu? Risos... Tampouco dentro do caderno. Muitas já se perderam assim...
Te abraço, um abraço fraterno, meu amigo, meu irmão de Luz.
Flor.
Eu gosto de passar por aqui porque sempre encontro uma poesia que me abriga... esta então é cheia de encantos.
Abraços
Runa, boa tarde.Estou esperando por mais uma preciosidade sua que divida ou não opiniões.
Saudades de você no meu cantinho.
Um beijo grande, e fique com Deus.
Tenha um excelente fim de semana.
Olá querido poeta...!
Gostei muito deste seu poema, interessante, engraçado, inteligente! Com todos os ingredientes de um excelente poeta!
Beijos carinhosos
Ana
Todos precisamos de ajuda!
Não somos ilhas... quando muito somos arquipélagos!
O que dizer daquilo o que você escreve? Simplesmente não sei... Fica um vazio de palavras, uma contemplação tamanha que simplesmente não há como dizê-la ou medi-la... Bom estar aqui...
Enviar um comentário
Obrigado pela visita. Se puderes, deixa uma mensagem.
Abraço. Volta sempre.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.