Essa luz que do teu rosto irradia
é o reflexo de um céu que se contraiu
ou o embrião de uma nova estrela?
Poderá ela alimentar a chama que definha?
Que fluxo é este que o sangue bombeia
e faz vibrar o pêndulo do coração
restituindo-lhe a claridade perdida?
Atraído pela magia desse sorriso
devolvo ao olhar o azul do firmamento
e de novo refaço a dança dos astros.
O fogo não cessou por completo.
Nada está definitivamente encerrado.
Alguma coisa palpita ainda
neste pequeno cosmos enferrujado.
É possível, então, voltar a sonhar?
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